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Suspensão de empréstimos habitacionais e de caução por agentes até o fim de outubro
Em meio ao endurecimento das políticas de controle do crédito no setor bancário sul-coreano, o Shinhan Bank anunciou que, a partir do dia 14 deste mês até o final de outubro, deixará de receber solicitações de empréstimos imobiliários e financiamentos de caução feitos por meio de agentes de crédito. A medida marca mais um passo do banco na contenção do crescimento dos empréstimos a pessoas físicas.
O banco já havia interrompido, desde 16 de agosto, a aceitação de novas solicitações para empréstimos com garantia de imóveis na região metropolitana de Seul, referentes aos meses de agosto e setembro. Agora, a suspensão se estende às solicitações com previsão de execução em outubro, abrangendo também os financiamentos para caução e ampliando a restrição para todo o território nacional.
Foco no controle da dívida e proteção ao consumidor real
Segundo o Shinhan Bank, a medida tem como objetivo assegurar uma gestão mais estável da carteira de crédito e priorizar os consumidores com reais necessidades habitacionais. Além disso, o banco comunicou que até o final de outubro não aplicará o seguro hipotecário MCI (Mortgage Credit Insurance) em novos contratos de empréstimos com garantia de imóvel.
Esse tipo de seguro, normalmente incluído nos financiamentos imobiliários, serve para ampliar o valor possível de empréstimo ao cobrir parte dos riscos do contrato. Sem ele, o valor disponível para empréstimo é reduzido, o que, na prática, ajuda a conter o volume geral de crédito concedido.
IBK Bank também adota medidas restritivas
Seguindo a mesma linha, o IBK Bank anunciou que, a partir de hoje, bloqueou tanto presencial quanto remotamente a migração de clientes que pretendiam transferir seus financiamentos de caução para o banco por meio de operações de refinanciamento. Além disso, reduziu em 0,2 ponto percentual o desconto automático de juros aplicado ao seu produto de financiamento de caução com taxa fixa, o “i-ONE”.
Explosão nos números de crédito preocupa o setor bancário
As ações dos bancos refletem uma crescente preocupação com o aumento expressivo do volume de empréstimos desde o início de agosto. Segundo dados divulgados em 7 de agosto, o saldo total de crédito a pessoas físicas nos cinco maiores bancos da Coreia do Sul — KB Kookmin, Shinhan, Hana, Woori e NH Nonghyup — atingiu 760,88 trilhões de wons. Isso representa um acréscimo de 1,91 trilhão de wons em relação ao final de julho, quando o total estava em 758,97 trilhões.
Esse crescimento equivale a um aumento médio de 2,73 bilhões de wons por dia — mais que o dobro da média registrada em julho, que havia sido de 1,33 bilhão por dia, logo após a entrada em vigor das chamadas “regras 6.27” de contenção do crédito.
Expectativa de crescimento recorde no mês
Caso a atual tendência de crescimento se mantenha até o fim de agosto, o volume total de empréstimos concedidos no mês poderá ser o maior desde agosto do ano passado, quando foi registrado o recorde histórico de 9,63 trilhões de wons.
Com o avanço acelerado do endividamento das famílias, os principais bancos do país vêm sendo pressionados a adotar ações proativas para evitar o superaquecimento do mercado de crédito. Nesse contexto, medidas como a suspensão temporária de novas concessões e o ajuste de condições de financiamento são vistas como tentativas de preservar o equilíbrio financeiro do setor e proteger os tomadores de crédito.
