
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em setembro, ajustando-a para 10,75% ao ano. Apesar dessa movimentação, grande parte dos investidores — cerca de 75%, segundo dados dos contratos de Opção de Copom negociados na B3 — ainda aposta em novos aumentos até o fim do ano. Esse cenário tende a favorecer aplicações em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), cada vez mais procuradas por investidores pessoa física.
Com base nesse contexto, o InfoMoney realizou simulações para calcular quanto renderia um investimento de R$ 1 milhão aplicado em CDBs de diferentes modalidades — pós-fixados, atrelados à inflação e prefixados — nos prazos de um, dois e três anos.
Rendimento de R$ 1 milhão em CDB pós-fixado atrelado ao CDI
Caso um investidor aplicasse R$ 1 milhão em um CDB pós-fixado ao CDI nesta segunda-feira (7), o rendimento líquido projetado seria de R$ 87.495,97 ao final de um ano. Se mantido por dois anos, o valor subiria para R$ 190.690,01 e, em três anos, alcançaria R$ 301.062,14.
O CDI, principal referência para investimentos de renda fixa, costuma ficar entre 0,1 e 0,2 ponto percentual abaixo da Selic. Com o último ajuste na taxa básica de juros, o CDI passou a operar em 10,65% ao ano.
Os valores já consideram a incidência do Imposto de Renda, que segue uma tabela regressiva: as alíquotas variam de 22,5% para aplicações de até seis meses, reduzindo-se gradualmente para 15% em aplicações superiores a dois anos.
Rendimento de R$ 1 milhão em CDB atrelado à inflação
Nos CDBs de inflação, o rendimento combina a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com uma taxa de juros prefixada. De acordo com as simulações, um investimento de R$ 1 milhão renderia, já descontado o imposto de renda, entre R$ 87.991,96 e R$ 285.705,84, considerando os períodos de um a três anos.
Para essa análise, foi utilizada a média das taxas pagas por 46 CDBs de inflação monitorados pela Quantum Finance, além das projeções para o IPCA nos anos de 2025, 2026 e 2027, conforme o mais recente Relatório Focus divulgado pelo Banco Central.